Quinta do Piloto: Sim, gostei!

Não vou repetir o que penso sobre a PS (Península de Setúbal). Seria penoso e provavelmente incompreendido. Como sabem não tenho o hábito de meter debaixo do tapete aquilo que não gosto ou sequer ficar aziado com quem não concorda comigo. Não se pode gostar de tudo, não se pode concordar com tudo. Um pouco como as relações entre as pessoas. São regras da vida. Perde-se, ganha-se. No final, pouco conta para a equação o que achamos e o que pensamos. Se sou ligeiro a apontar o dedo quando não gosto, também gosto de realçar quando acontece o contrário (mesmo quando não estaria à espera), como é o caso.



Gostei do vinho. Gostei francamente do vinho. Pareceu-me ser um vinho que tenta ser algo, não sei definir, diferente do registo normativo da região. Numa linha, fiquei com a sensação, mais dura, mais masculina, pouco dada a nuances exóticas o que, devo dizer, só lhe fica (muito) bem. Digamos que não é um vinho exuberante, levando-me a pensar que provavelmente não será um vinho lá muito consensual (desconfiarei de quem me diga o contrário). Apreciei a sua forma algo sisuda, pouco expansiva que ia mostrando ao longo dos momentos que foi sendo bebido.  E, mais uma vez, ainda bem. A repetir, decididamente.

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